Garcia Pereira quer ser "voz" do Povo

O cabeça-de-lista do PCTP/MRPP nas eleições legislativas de 27 de Setembro, Garcia Pereira, defendeu hoje a sua eleição para "fazer toda a diferença" num Parlamento de "representantes do dinheiros e grandes grupos económicos".
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"Continuamos a ter representantes eleitos do poder do dinheiro e dos grandes grupos económicos e não quem represente verdadeiramente as aspirações do Povo português. O objectivo é a eleição de, pelo menos, um deputado por Lisboa. A nossa voz no Parlamento faria toda a diferença", afirmou António Garcia Pereira.

Após um encontro com os dirigentes da Associação dos Deficientes das Forças Armadas (ADFA), em Lisboa, o candidato do Partido Comunista dos Trabalhadores Portugueses/Movimento Reorganizativo do Partido do Proletariado desvalorizou a polémica em torno da visita da líder social-democrata, Manuela Ferreira Leite, à Madeira, criticando a falta de ideias e debate políticos em geral.

"A visita à Madeira é como outra qualquer. Não vejo polémica nenhuma. Esta campanha está recheada de não factos. Não há uma única ideia nova entre esses partidos do poder que se entretêm com folclores... onde é que a senhora foi, o espirro que aquele deu, quando este tropeçou, a cor da gravata do outro", disse, lamentando a desigualdade de tratamento das candidaturas pelas televisões.

Garcia Pereira defendeu a afirmação de Portugal como "placa giratória de pessoas e mercadorias na Europa" para "romper com o paradigma do país-colónia de terceira no quadro europeu, assente no trabalho pouco qualificado, baratinho e com poucos direitos", citando o "programa de salvação nacional" do PCTP/MRPP.

Sobre as "agruras" dos deficientes das Forças Armadas, o candidato acusou os responsáveis políticos dos últimos 35 anos, "desde o 25 de Abril", de "varrer o problema para baixo do tapete, sob o argumento da falta de meios".

"Muitas destas pessoas passam por dificuldades porque o poder político é totalmente insensível ao sofrimento alheio. Aprendo sempre muito aqui na ADFA, que preserva a memória do envio de toda uma geração para uma guerra injusta e errada e que vitimou grande parte dessa geração", afirmou.

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